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Bastidores

5 ações para escrever mais: como cheguei em 100k palavras pela primeira vez na vida

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Acabei de bater as 100 mil palavras no meu novo romance. Estou surpresa. Há muito tempo eu não ia tão longe em um projeto de escrita. Nos últimos anos vinha sendo a escritora empolgada no começo e murcha do meio para o final. Arquivos inacabados no meu computador não faltam.

Qual o segredo para ter sido diferente desta vez? A mudança de mentalidade me levaram a essas cinco ações:

1. Contei para as pessoas no que estou trabalhando

Não costumo ser do tipo que sai contando os planos por aí (por timidez mesmo), por isso deixar todos saberem do meu novo livro me fez criar uma espécie de compromisso público. “Agora as pessoas estão esperando, eu preciso terminar”. Não se trata de dar satisfação, mas de usar a expectativa para me impulsionar a concluir.

2. Criei um planejamento de escrita

Nunca tinha feito isso em toda a minha existência e achava uma grande besteira até o dia em que entendi o quão importante isso seria para eu não me perder. Estruturei em três atos o enredo da minha cabeça e comecei o livro sabendo exatamente onde queria chegar.

Embora algumas coisas tenham mudado no meio do caminho – tive novas ideias e achei algumas originais ruins –, eu sempre posso consultar meu planejamento e lembrar do caminho que tinha pensado para minha história.

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3. Valorizei cada linha

Em outros tempos, se eu me sentasse para escrever e dali só saíssem três ou quatro palavras para mim era o início de um abandono. “Isso não está funcionando”, “Eu não vou terminar nunca” “Não consigo evoluir”. Substituí esses pensamentos por outros mais otimistas. “Já é um texto maior do que ontem”, “Já é o começo de uma cena”, “Já é alguma coisa”. Escrever poucas linhas é muito melhor do que não escrever nada.

4. Parei de me importar com a qualidade do texto

Hemingway me libertou de mim mesma com o aviso “O primeiro rascunho é uma merda”. Perdi as contas de quantas vezes abandonei uma história por ler a primeira versão – que eu sequer tinha finalizado – e julgá-la como o texto mais mal escrito da face da Terra.

Posso relembrar a clareza a ansiedade que isso me dava e o fracasso de pensar na minha incapacidade em escrever algo bom e útil. Hoje, no romance atual, tem uma série de cenas horrorosas e diálogos horripilantes, mas eu estou quase terminando a primeira versão, isso que importa. Se eu não escrever não tenho o que editar.

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5. Publiquei outras produções

Escrever um romance não é tão simples e não acontece do dia para a noite. Por mais enxuto que seja seu enredo, por menos personagens que tenha, a estrutura complexa pede calma, atenção e cuidado na montagem. Isso leva tempo e às vezes tudo que você precisa é de que algo aconteça nesse intervalo. Por isso no meio do ano eu publiquei um conto na Amazon.

Me dediquei ao processo de escrita, revisão, edição, publicação e divulgação de uma história curta. Isso me possibilitou a satisfação de ver um trabalho pronto e entregar algo para meus leitores enquanto não termino meu romance, meu gênero principal de escrita.

Se envolver em projetos menores pode dar o gás que você precisa para seguir em frente e impulsionar a finalização daquela ideia na qual você já vem trabalhando há algum tempo.

Meu romance ainda não está cem por cento pronto, mas estou na parte final e muito feliz por já ter passado por todo esse caminho e não ter desistido no meio. Sinto como se o triunfo estivesse bem ali. Não a glória do best-seller – ninguém sabe se virá -, mas a imensa satisfação de colocar o Fim na minha história.

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Escritora, jornalista e leitora assídua desde que se conhece por gente. Escreve por achar que a vida na ficção é pra lá de interessante.

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Sabryna Rosa