O personagem coadjuvante é aquele que colabora com a narrativa de maneira secundária, às vezes ajudando o herói, às vezes atrapalhando, e às vezes ocupando uma posição neutra, mas que de algum modo contribui para o andamento da história. Contudo, isso não significa que ele precisa ser montado de qualquer jeito. Você pode usar artifícios para deixá-lo marcante. Confira 3 dicas de como deixar seu personagem coadjuvante mais interessante.
Quando pensamos em personagens secundários, podemos cair no erro de pensar em um personagem sem personalidade, ou, em outras palavras, “sem sal”. Mas pense no quanto você desperdiça potencial ao não pensar no coadjuvante como uma figura que merece ser delineada com capricho tanto quanto o principal. O que muda, claro, é o papel e a importância que eles terão na história.
Um amigo improvável
Na série de TV Gilmore Girls (2000-2007), Paris (Liza Weil) é uma garota antipática e competitiva que decide infernizar a vida de Rory enquanto aluna novata da turma. Anos mais tarde, na faculdade, as duas não só viram colegas de quarto como tornam-se melhores amigas.
Esse é um bom recurso de como você pode dar uma reviravolta no personagem, transformando-o de um possível rival para um bom companheiro do herói em vez de tratá-lo como amigo desde o início da história.
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Um inimigo inesperado
O oposto também é possível. De repente, o amigo do mocinho pode se bandear para o outro lado, seja por uma vingança, por inveja ou por ter se decepcionado com alguma atitude do herói – o seu personagem não precisa ser perfeito, todo mundo erra!
Características especiais
No livro Grandes Esperanças (Charles Dickens), a sra. Havisham é uma mulher que foi abandonada no altar, e para manter sua mágoa viva e às vistas de todos, decide deixar tudo como no dia em que seria seu casamento. A decoração, o bolo e até mesmo seu vestido de noiva, tudo fica intacto por anos.
Ao ler esse grande clássico de Dickens, a figura da sra. Havisham torna-se marcante pela característica do exagero, e é impossível se esquecer dela ainda que a história de Pip, o protagonista, seja cheia a principal e cheia de reviravoltas.
O seu coadjuvante pode ter uma história própria que faça a diferença na experiência do leitor ou pode possuir um traço físico, um hábito ou um objeto que seja individual e único.
Quais das 3 dicas para deixar seu personagem coadjuvante mais interessante você mais gostou ou já aplicou em uma de suas histórias? Como leitor, qual personagem secundário ficou marcado na sua memória? Deixe nos comentários.