Eu amo internet e amo escrever. Tive conta em todas as plataformas de blog que surgiram por aí e sempre experimento uma rede social nova, ainda que acabe não me agradando para ficar com ela. O que sempre me encheu os olhos, porém, foi espaços como o Blogspot, o WordPress e o Tumblr.
A era Tumblr foi encantadora para quem viveu a adolescência com uma certa poesia diante dos olhos. Era um mundo à parte, com fotos em tons vintages e frases do Caio Fernando Abreu. Uma menina-tumblr podia ser reconhecida de longe e, com sorte, ela ainda tenta sobreviver por aí com o Pinterest como refúgio.
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Para mim, um blog era sobretudo um espaço para compartilhar pensamentos e sentimentos, e eu sentia tanta coisa. Tudo em mim explodia. É uma pena que hoje, adulta, eu tenha me tornado um tanto quanto apática com relação ao que há de sensível no mundo. A minha eu da adolescência via poesia nas coisas mais banais.
As redes sociais, para muitos de nós, transformaram-se em portfólios, vitrines, quase não usamos mais como um passatempo. Como um álbum de fotografias que não se estraga com um tempo. Os textos ficaram para trás, os vídeos curtos são a tendência e aqui e ali ainda se encontra uma imagem que nos lembre dos tempos românticos de Tumblr.
Eu gosto de fotos, eu gosto de romance e eu gosto de internet. Sem tornar a minha vida online uma neura, tento usufruir como posso e me lembrando para que serve.
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