Já estamos todos cientes de que 2020 veio com a promessa de ser um ano extraordinário, “redondo”, e acabou sendo um ano atípico em que entramos em uma distopia não tão agradável de viver como aquelas com a qual nos empolgamos nos livros. Ainda assim, nós, leitores, tivemos nossos momentos de boas e más leituras. Alguns, com a quarentena, leram mais, outros menos. Eu, até junho, li dezenove livros, e selecionei os cinco melhores para o top 5 leituras do primeiro semestre.
5º lugar: O Último Caso da Colecionadora de Livros
Janeway é um livreiro, dono de uma livraria em sociedade com sua namorada, e nas horas vagas – ou não tão vagas assim – presta serviço de detetive particular, herança da sua época de policial. Protagonista de vários livros, sua missão neste aqui é saber se o sumiço de títulos raros está ligado com a morte da dona da biblioteca. A história por si só, que mescla literatura com corrida de cavalos, recebeu três estrelas, mas Janeway tem aquele tipo de humor sedutor que eu adoro e é por isso que ele está aqui, porque terminei o livro a fim dele.
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4º lugar: Os Desaparecidos
Assim como o livro anterior, Jenny Cooper figura uma série de livros independentes de M. R. Hall, sendo Os Desaparecidos o segundo na linha de publicação. Jenny é uma juíza investigadora do interior da Inglaterra que toma para si o caso arquivado de dois muçulmanos desaparecidos. Jenny, que está em tratamento contra a ansiedade, ainda precisa lidar com a burocracia do sistema britânico e a ideia de que estão tramando contra sua investigação. Para mim é um thriller excelente, com uma história que deixa poucos ou nenhum buraco.
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3º lugar: Predadores
Esse foi o primeiro livro do ano e também o primeiro que li do autor, e estou até agora me perguntando como não conheci nenhuma de suas obras antes. Predadores conta a história de Vladimiro Caposso, um homem que na juventude era apenas o funcionário de um armazém e se transformou em um dos nomes mais ricos e influentes da Angola, chegando nesse patamar através de conluios e práticas nem sempre honestas. O livro é ambientado na época em que o país estava aprendendo a andar com as próprias pernas, recém-independente de Portugal, e esse cenário, de insegurança e instabilidade jurídica e política, foi um prato cheio para pessoas como Vladimiro.
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2º lugar – No Escuro
Uma leitura que me fez ficar acordada até mais tarde e ao mesmo tempo querer dormir cedo para o que dia seguinte chegasse logo e eu pudesse ler com calma. Catherine está em um relacionamento aparentemente perfeito, mas pequenos episódios de abusos psicológicos do seu namorado criam uma atmosfera de medo praticamente sem escapatória. A própria protagonista conta sua história enquanto narra as consequências dela no presente, e nos tira o fôlego ao imaginar que Lee pode estar em qualquer lugar que ela for.
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1º lugar – O Mundo Conhecido
Com certeza um dos melhores livros lidos em toda a minha vida. Henry, liberto da escravidão na juventude, teve em seu ex-dono uma espécie de mentor nos negócios e foi ele quem lhe vendeu não só sua primeira fazenda como seus primeiros escravos. O choque da família de Henry, que um dia também fora escrava, em saber que seu único filho está seguindo com a escravidão não o impede de continuar, sendo seu argumento principal o fato de não estar fazendo nada ilegal. Esse pensamento abrange o tema central da história: o sistema corrompe até mesmo os que são vítimas dele. Esse livro me impactou tanto que ainda me pego pensando nos personagens, como se eles estivessem por aí em algum lugar esperando para serem ouvidos.
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Quais foram suas melhores leituras do ano até aqui?