Por muito tempo eu imaginei as minhas orações, ou melhor, os meus pedidos, como ligações que eu fazia a um serviço de atendimento no qual os atendentes me jogam de uma central para outra até a ligação cair ou uma moça da voz cansada me informar que o meu problema não tem solução.
Ou às vezes eu também imaginava como se estivesse naquela situação constrangedora em que você precisa, por força da circunstância, pedir um favor a quem você não tem tanta intimidade.
Pouquíssimas vezes eu me senti pedindo algo ao meu Pai.
Pai é uma palavra forte, de autoridade, presença e segurança. “Vou chamar o meu pai”, “O meu pai deve saber”, “O meu pai vai resolver”. Sentimo-nos inabaláveis.
Certa vez, um motorista de Uber me contou que o filho caçula se envolveu em um acidente de trânsito e o primeiro número para o qual ele discou foi o dele. “Pai, preciso de ajuda”, e o pai foi.
Agora imagine um Pai que resolve muito mais do que problemas de trânsito, chuveiros elétricos, tomadas folgadas, tampas de potes apertadas ou brigas no colégio. O Pai que coordena o universo inteiro, a sua alma e o seu coração. Por que você deveria ter vergonha de pedir algo a Ele?
Por que quando eu me sento na beirada da cama, quando eu ajoelho, quando fecho os meus olhos, eu me encolho, acuada, tímida, se Aquele que tudo criou está atento ao que estou dizendo? Ele não está fazendo outra coisa enquanto você ora, Ele está te ouvindo.
E o melhor ainda está por vir. Nossos pais humanos e terrenos podem errar, podem atender nossos pedidos fora da medida ou podem ser rígidos demais e nunca demonstrarem afeto e atenção, mas Deus jamais errará. Os pedidos que você fizer serão atendidos se assim forem valiosos para a sua alma e se assim te levarem à vida eterna.
Ele é o seu pai e ama você incondicionalmente. Jesus te salvaria ainda que só houvesse você no mundo.
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