Em um país distante havia um homem muito rico cujo conselheiro o acompanhava desde a juventude. Era um sujeito sábio, coerente e humilde. No leitor de morte, o homem chamou o único filho e pediu que cuidasse de suas posses e não trocasse de conselheiro enquanto este vivesse. Dito isso, fechou os olhos e partiu.
O filho, desacostumado a cuidar de finanças e negócios, mas bastante habituado a desordens de todos os tipos, passou a tratar com irresponsabilidade a fortuna do pai. O conselheiro, sabendo que fazia parte de sua função alertar e corrigir, lançou orientações e advertências. Apontou-lhe os erros e antecipou as consequências.
Cansado de ouvir o que não queria, o filho mandou o conselheiro embora para sempre. Um dia, em dúvida sobre determinada questão, anunciou que estava em busca de alguém para ajudá-lo, mas não poderia ser alguém cuja soberba e vaidade fosse maior que a vontade de contribuir.
Assim, os candidatos apareciam e opinavam sobre diversas questões de acordo com suas experiências. Todos os que sugeriam mudanças, limites e prudências eram acusados de pedantes. Foi contratado aquele que deu a orientação aparentemente mais acerta: “Em toda dúvida que tiver, reflita: qual caminho me faz mais feliz?”
De felicidade em felicidade o filho lançou a si mesmo na mais completa ruína.