A Lindsay Lohan faz um filme muito bonitinho em que a personagem principal, Ashley, é uma baita de uma sortuda que depois de beijar um grande azarado troca de sorte com ele. Antes disso acontecer, em um dia de chuva, Ashley sai de casa e o porteiro do seu prédio a espera com um guarda-chuva na rua enquanto pede um táxi. Assim que ela põe os pés na rua, o céu abre e o dia cinza se transforma em um lindo de sol.
Lembrei-me dessa cena ao ler em 1 Timóteo 6:8 que se temos alimento e vestuário, contentemo-nos com isso. Mais do que um impulso ao comodismo, pensar que em tudo Deus nos provê tira metade da ansiedade que paira sobre nós – quiçá toda. Até mesmo aqueles desprovidos de bens materiais estão assistidos se os que estão ao seu redor têm o bastante para dividir.
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Se a sorte é o mesmo que Providência, a cena em que Ashley pode contar com um gentil porteiro, e também é presenteada com o céu limpo, é um ótimo exemplo. Ela está amparada, não precisa ter com o que se preocupar, nem mesmo se irá chegar ensopada no trabalho. E, de fato, não se preocupa. Tanto que responde “Eu preciso mesmo de um guarda-chuva?”, quando o porteiro questiona se ela irá sair de casa sem um. Tudo vai dar certo.
Quando Jake rouba sua sorte com um beijo, ele passa a ser o contemplado com tantas bençãos enquanto ela irá passar por maus bocados, igual a qualquer um de nós, com dias de sol e dias de chuva. Ainda assim, ela não está só, pois Jake está habituado aos azares do cotidiano e acaba sendo seu par. Ela continua com sorte, afinal. Esse nome civil da Providência.