O desejo de todo escritor é produzir algo tão incrível que fique na cabeça no leitor e o deixe com vontade recomendar a outras pessoas e inserir o livro na lista de favoritos. Nosso objetivo é criar uma conexão forte e duradoura com o público. Mas como fazer isso? Quais elementos nosso livro precisa ter para fisgar o leitor do começo ao fim? Veja agora como conectar a história ao leitor e encantá-lo com a sua escrita e criatividade.
Surpreenda nas primeiras linhas
As primeiras páginas são fundamentais para atrair o leitor e convencê-lo a seguir com a leitura. Você não precisa entregar tudo de bandeja ou acelerar a narrativa para que ela chegue logo no conflito, mas tente não perder muito tempo descrevendo cenários ou personagens. Faça algo acontecer logo. Apresente o que precisa ser apresentado e siga em frente.
Evite começar com diálogos
Sabe quando você entra numa sala e ouve uma conversa pela metade? Você não entende nada, certo? É mais ou menos essa a sensação que você causa ao leitor quando começa a sua narrativa com um diálogo.
Use esse recursos apenas em casos muito específicos, como em falas que começam e terminam em si mesmo, sem deixar o leitor perdido no que está acontecendo na cena – ainda que você venha a explicar depois.
Leia também 5 dicas para criar um bom conflito central
Desperte sentimentos
Não interessa qual seja o gênero, o leitor quer sentir alguma coisa. Medo, tensão, empatia, raiva… nós detestamos leituras apáticas.
Aquelas narrativas onde nada de empolgante acontece, e se acontece parece um evento comum do dia a dia, evite. Até em eventos comuns você deve trabalhar para dizer algo a quem está lendo e a maneira de fazer isso é através dos agentes mais importantes da história: os personagens.
Os personagens são o elo de identificação entre o leitor e a narrativa, é no lugar deles que o sujeito se coloca e são as suas ações que estão em jogo e em julgamento. Ele vai escolher um lado, amar e odiar, desejar a morte ou torcer pela vitória e cabe a você provocar essas reações.
Não exagere nos detalhes
Uma das coisas mais legais para quem está lendo é imaginar o local onde a cena está se desenrolando. Por isso os escritores devem descrever, mas não exagerar. Deixar aquele gostinho de “mistério”, sabe? É claro que alguns leitores adoram detalhes, mas, ainda assim, devemos tolher a mão e não se exceder, até por uma questão de bom senso, ou teremos páginas e página de descrições que não acrescentam em nada no andar da história.
Mantenha o clímax
Eu gosto muito do recurso narrativo de criar pequenos conflitos dentro do conflito principal porque acho que isso motiva o leitor a seguir em frente e dá mais emoção à trama.
Também é interessante não esquecer que o herói está indo rumo a um objetivo e todas as ações e eventos durante o livro devem convergir para isso.
Às vezes, nos perdemos em cenas desnecessárias, eventos paralelos, e esquecemos de que há um personagem ali com uma missão a cumprir.
Toda ação tem uma reação
Se seu personagem fez algo ruim, provavelmente o leitor vai esperar por uma punição ou consequência, ainda que a consequência seja não ter punição nenhuma. Não deixe pontas soltas e eventos em aberto. Explique o que aconteceu ou o desenrolar daquela ação.
Levar o leitor por uma jornada empolgante é um exercício a se fazer a cada livro que escrevemos. Nossa missão de transmitir a nossa mensagem através de uma história é o motor que impulsiona nossa escrita e faz tudo ser ainda mais mágico. Mas, como para quase tudo na vida, uma ajudinha técnica cai muito bem, não é?
Hoje você aprendeu como conectar a história ao leitor através de recursos aplicáveis e fáceis de resolver com a prática. Quais deles você já usa na sua escrita?
One Comment
Pingback: